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Banda Tijolada Reggae
Leia e ouça as duas poesias de Banda Tijolada Reggae. Se gostar, vote! E ajude a ter suas composições autorais produzidas e gravadas em canções inéditas num estúdio profissional. E aguarde para saber como serão estas canções.
1ª Poesia
IRMÃO NEGRO
Banda Tijolada Reggae
Minha pele não é negra, mas meu sentimento,
Mesmo assim, clama imaginando o que foi o tormento
De lhe tirar casa, família e tudo o que tinha na vida
Pra escravizar no porão de um navio frio, homicida.
Eu não estava lá, mas vivo aqui e tenho dívida por tudo isso.
E assim eu clamo contra o jeito desse povo omisso
Que não declara sua origem e não lembra que cor
É só pintura sobre um corpo igual que sente igual toda dor.
Irmão negro, é fácil olhar e ver que quem escravizou
Foi o medo de perder, quando sentiram todo o seu valor.
Cultura de forte raiz, luta e resistência foi o que mostrou
Sofrendo numa máquina que nada era sem você que era o seu motor.
Quero dizer ainda que nada vejo de bom
Na hipocrisia que parece linda e que está em todo som
De qualquer campanha eleitoral que defende seus direitos,
Mas nada muda na real e acabam sempre sendo eleitos.
Você nasce encurralado, desprezado, com ironia e censura,
Agora mudam no papel mas têm a mesma postura.
É bonito soltar um pássaro puro agora,
Que você sempre mantinha na sua velha gaiola.
Mas ele nunca voou e nem você ajudou.
Como é que pensa que sem nada
Ele alcança a manada?
2ª Poesia
MAQUIAVEL MACUNAÍMA
Banda Tijolada Reggae
De tantos vereditos claros,
Caros por tão frágeis em vingar,
Entre nós os fortes já são raros.
Difícil olhar ao longe e ver brilhar
A nossa compreensão,
Que é sempre distorcida
Em nome da omissão
Que sempre sorri
Com muito brilho no olhar,
Pois a todo tempo está desinibida.
Como pode ser um Maquiavel um Macunaíma?
É humor negro e cruel que isso seja uma sina
Do otimismo que constrói
Entre um povo um herói.
Não basta ser um eleito por bem,
Por bem ter simpatia,
Prometendo ser alguém
Que não se transformaria.
Mudança total corrói
A esperança e isso dói.
Joga de nada se conhecer,
Com seus magos pra fazer sumir
Verdades na moeda sem vizir,
Que compra tudo ao seu favorecer.
Os seus piores fins,
De liderar sonhos alheios,
Nunca lhe serão ruins,
Ego alter ego,
E sempre justificarão
Todos os podres que são
Seus torpes meios.