Candidato
Carlão Rocha
Leia e ouça as duas poesias de Carlão Rocha. Se gostar, vote! E ajude a ter suas composições autorais produzidas e gravadas em canções inéditas num estúdio profissional. E aguarde para saber como serão estas canções.
1ª Poesia
Os teus passos lentos eu segui, e sem notar, caí no teu colo
Me algemou a te e nem senti, sem menos esperar brotou no meu solo
Te roguei pra te contemplar no meu jardim, sentir o odor do amor
E despertar o que há de melhor em mim, sem mal e sem dor
Segura a minha mão, se eu escapar me abraça, me mostra na tua alma o que ninguém mais viu
Quero que o seu abraço seja pra sempre a minha casa e lembrar todo dia, que a sorte me Sorriu
2ª Poesia
VENENO
Carlão Rocha
Já provei do sangue amargo que me levaram na boca
Dizendo ser vinho e hoje convivo com o mesmo sabor
Já cortei a carne da sorte, ando com a morte
Vestida de branco, vazia, com medo do amor
Já existi tantas vezes em tantas vidas famintas
Que nem me lembro meu gosto, se fui alimento e um dia sobrei
Já me cuspiram no asfalto, já me beberam no bar
Já fui a bomba que explode na cama, também já fui lama e te fiz mergulhar
Eu sou, o veneno mais puro
Eu sou o orgulho da vida e a ferida do corpo de quem me tomou
Eu sou, o veneno mais puro
Sou a navalha na carne e o mertiolate nas chagas da alma e do amor
Já nem sei quantas vezes nasci, e pra não morrer a míngua de novo, pulei os portões
Já não quero voltar, nesse castelo de horror,
Pra não esperar pelo sono que vem sem sono e más intenções
Já saiba que sou os quilômetros a diante,
Distante da fonte que bebia o fel do meu amor
Já se acostume com a forca, coma faca, com o frio e com as regras
Evite destinos que tem no caminho o meu rosto nas pedras
Eu sou, o veneno mais puro Eu sou o orgulho da vida e a ferida no corpo de quem me tomou
Eu sou, o veneno mais puro
Sou a navalha na carne e o mertiolate nas chagas da alma e do amor