Candidato
Luke Prates
Leia e ouça as duas poesias de Luke Prates. Se gostar, vote! E ajude a ter suas composições autorais produzidas e gravadas em canções inéditas num estúdio profissional. E aguarde para saber como serão estas canções.
1ª Poesia
Sou Índio do Brasil
Minha tribo é o sol
Minha taba é o chão por onde piso
Até onde chegar
Sou índio do Brasil
Eu tenho a cor dos olhos de Iracema
E a força do trovão
Meu canto é o som da natureza
Minha alma, o coração.
Sou Tupi, sou Tupã, sou Guarani,
Sou Amanarauá
A deusa da beleza e a pajelança
Oca de um Tupinambá
Sou Tamoio, sou Caiçara
Pataxó cacique de cocar
Sou Galdino que o fogo não apaga
Charrua e carajás
Sou índio do Brasil
Meu corpo é a folha da palmeira
Sou índio do Brasil
Estou em extinção
Eu sou a luz que a lua manda aqui
A transculturação
Sou índio que não usa mais a tanga
Mas come com a mão
Sou Tupi, sou Tupã, sou Guarani,
Sou Amanarauá
A deusa da beleza e a pajelança
Oca de um Tupinambá
Sou Tamoio, sou Caiçara
Kayapó cacique de cocar
Sou Galdino que o fogo não apaga
E nunca apagará
Sou Ticuna, Xavante, Caetés
Sou índio do Brasil
Pacajás, Guajajaras e Terenas
Sou índio do Brasil
Yanomami, Tapuia, Curumim
Sou indo do Brasil
Sou ritual Quarup do Xingu
Sou índio do Brasil
2ª Poesia
O PALHAÇO
Luke Prates
A sagacidade da cega cidade
Me faz ser errante
De pernas pro ar
O extremo de ser da sobrevivência
Na pura inocência
Da criança que estou
O meio da rua
A carne que é crua
O nariz que é vermelho
E o chapéu que amassou
Me faz dar risada
Num choro contido
Da gana que tenho
Sem grana nenhuma
Sem anel de doutor
Na escola da vida
Reprovei
Muitas vezes
E o pouco que sei
É respeitar quem eu sou
Pobre viajante nas ideias perdidas
Que confessa pra lua porque foi que chorou
Um mero palhaço que acredita em poesia
E que acorda outro dia
Pra lembrar que sonhou
Refrão { E sonho não tem idade
Nem prazo de validade
As vezes são ilusões
Que alimentam a nossa alma