Candidato
Marcelo Café
Leia e ouça as duas poesias de Marcelo Café. Se gostar, vote! E ajude a ter suas composições autorais produzidas e gravadas em canções inéditas num estúdio profissional. E aguarde para saber como serão estas canções.
1ª Poesia
Andando pelas ruas de Brasília
Me deu vontade de dizer: te amo
Mandar cartão postal com minha foto
E a fitinha pendurada de Nosso Senhor do Bonfim
Que olhai por nosso amor equidistante
Que infinite os sonhos embrasados
Que delicadamente a saudade
Possa salivar em teus olhos
Meu olhar que é todo teu
E quando encurtarmos as distâncias
E as madrugadas forem encantadas
Nossos meridianos alinhados
Numa reverência à morte
Sob o olhar de Prometeu
Eu vou sacrificar à luz da lua
Minh’alma encaseirada em teus braços
Para asim felizes Tu e Eu
Às velas da vida
Navegando ao bem querer
2ª Poesia
PINDORAMA
Marcelo Café
Foi ferida de morte
E chorou melancolia
Tombou com a lida
Enquanto os filhos assistiam
Era a terra de Pindorama
Que ao regresso se entregou
Nas loquelas de um messias
Tupinambás, Funiôs, Guaranis, Tupiniquins
Guardavam os verdes das matas
E os rios a fluir
As vozes de povos e bichos gritavam o prenúncio de um funeral
E mulher outrora abatida
A Democracia em golpe fatal
Pindorama era Carnaval
E o homem de bem
Um produto social
De repente virou uma histeria
Relacão de afeto com a hipocrisia
E assim foi chegando
Outros povos na agonia
Pindorama já era uma fusão de etnias
Negros, brancos e índios na utopia
E com o Oriente forjou
O embuste da harmonia
E a ignorância
Cheia de pompas subiu
O Palácio da ironia
Alvorada
E a história perguntou: quem contará tudo isso um dia?
Pindorama era Carnaval
E o homem de bem
Um produto social
De repente virou uma histeria
Relação de afeto com a hipocrisia
Ouviram do Ipiranga denuncia
Que a nossa Pátria mãe
Não era gentil